quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

POR QUE ESTUDAR A LÍNGUA PORTUGUESA?

     É muito comum ouvir esse questionamento, sobretudo vindo de adolescentes embora muitos adultos também o façam. Isso, no entanto, é até simples de se justificar quando se considera que vivemos em um país cuja língua materna é a Língua Portuguesa. A questão primordial, nesse caso, é a seguinte: “Eu já falo português e, portanto, conheço o idioma o suficiente”. Aí está o grande equívoco. O fato é que todo falante nativo, de fato, tem um conhecimento básico da Língua que fala, mas ele é suficiente apenas para que ele consiga se comunicar em um nível muito elementar – salvo os raros casos em que a família já tem um nível alto de domínio da Língua e o transmite aos filhos, mas isso é raro.
     Em primeiro lugar, é interessante se ter em mente que a Língua é um instrumento decisivo na conquista de um espaço social. Sem um conhecimento, pelo menos, razoável dela, as chances de que alguém consiga se estabelecer socialmente são muito reduzidas. Querendo ou não, precisamos estar cientes de que a língua (a portuguesa no nosso caso) é um instrumento por meio do qual as pessoas são classificadas. Se forem hábeis no seu uso, terão todas as portas se abrindo com menos dificuldade. Caso contrário, as alternativas de ascensão social e profissional ficam muito restritas.
     Em seguida, devemos lembrar também que o acesso a todas as outras áreas do conhecimento depende do nosso conhecimento da Língua. Aqui entra um outro fator importante, que é a capacidade de compreender o que se lê. Somente quem tem uma bagagem considerável de informação sobre o idioma que fala vai estar apto para compreender aquilo que lê. E quero deixar claro que não me refiro estritamente à gramática, mas aos fatores semânticos que estão envolvidos nesse processo. Aliás, separar Gramática de Semântica é o pior dos erros que se podem cometer quando se fala em aprendizado de uma Língua, seja ela qual for.
     A verdade é que somos – social e profissionalmente – resultados da nossa capacidade de nos comunicar com o mundo. O Advogado, diferente do que a maioria pensa, tem como principal ferramenta a Língua; o poeta, o cronista. o romancista, o publicitário, o administrador e, obviamente, o professor dependem dela para serem bem-sucedisos. Isso só para citar alguns.

     Vivemos um momento histórico em que não podemos mais desconsiderar o papel fundamental que a Língua Portuguesa tem na vida de cada um. Fechar os olhos para isso é condenar-se á mediocridade, na sua concepção mais perversa. Basta olhar para o lado para ver a situação de absoluta indigência linguística em que uma parcela significativa da população vive. Uma nação que pretende ser desenvolvida precisa passar, primeiro, pelo desenvolvimento intelctual do seu povo, e isso começa pelo conhecimento do próprio idioma.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CRASE

A crase é um artifício da Língua Portuguesa para evitar que dois sons idênticos (a + a) criem, entre duas palavras, uma pronúncia semelhante à de um hiato. Isso significa que a crase é uma forma de tornar a pronúncia mais agradável do ponto de vista sonoro.
O princípio básico para a ocorrência da crase é a presença de um termo (verbo ou nome) em cuja regência haja a presença da preposição a. A partir daí, para que ela se torne possível, temos as seguintes possibilidades:

1 – CRASE OBRIGATÓRIA

a) Com substantivo feminino que aceite a presença de artigo.

- Todos se dirigiram (a) + (a) sala de jantar. (dirigiram-se ao salão)
- Todos se dirigiram      à      sala de jantar.

- Ela era muito dedicada (a) + (a) família. (dedicada ao filho)
- Ela era muito dedicada      à      família.

- Ele tinha aversão (a) + (a) novela das oito. (aversão ao filme)
- Ele tinha aversão      à      novela das oito.

OBSERVAÇÃO: Caso um substantivo feminino seja utilizado em sentido genérico, não aceitará a presença do artigo, o que impede a ocorrência de crase.

- Ele tinha aversão (a) + ( - ) novela. (qualquer novela)
- Ele tinha aversão  a           novela.

- Ela nunca ia (a) + ( - ) festa de aniversário. (qualquer festa de aniversário)
- Ela nunca ia      a       festa de aniversário.

b) Com pronome demonstrativo: aquele, aquela, aquilo

- Fizemos um elogio (a) + aquele aluno.
- Fizemos um elogio       àquele aluno.

OBSERVAÇÃO: o pronome demonstrativo aquela poderá ser representado por um a, se estiver diante de QUE ou DE (a que / a de). Nesse caso, o a poderá ser substituído por a aquela.

- Não me refiro a qualquer revista, mas a  aquela que te emprestei ontem.
- Nâo me refiro a qualquer revista, mas        à      que te emprestei ontem.

c) Com pronome relativo a qual ou as quais. Nesse caso, cuidado porque o termo que terá a preposição na sua regência estará após o pronome relativo.

- Aquela é a vizinha a qual fiz um elogio (a). (para a qual / vizinho ao qual)
- Aquela é a vizinha à qual fiz um elogio.

d) Quando os substantivos MANEIRA ou MODA estiverem subentendidos.

- Ela usava sapatos (a) + (a moda de ) Luis XV.
- Ela usava sapatos      à                       Luis XV.

- Ele escreve (a) + (a maneira de) Machado de Assis.
- Ele escreve      à                       Machado de Assis.

e) Com locuções adverbiais de modo ou prepositivas femininas (à deriva, às pressas, à toa, à procura de).

- Caminhava (a) + (a) toa pela rua.
- Caminhava       à     toa pela rua.

- Saímos (a) + (a) procura de informação.
- Saímos      à      procura de informação.

f) Com locuções conjuntivas femininas.

- A tempertura aumentava à proporção que o verão se aproximava.
- Esfriava à medida que a noite caía.

g) Diante da indicação de horas.

- Chegamos ao cinema às 19h e saímos às 23h30min.

No entanto, caso o horário seja antecedido de preposição diferente de a, não haverá condições para a ocorrência de crase.

- Estou esperando desde as 14h.
- A reunião foi marcada para a 1h.

CUIDADO!

CRASE DIANTE DE NOMES DE LUGARES

- Logo voltaremos (a) + (a) Itália. (vou a e volto da Itália)
- Logo voltaremos       à     Itália.

- Um dia, iremos (a) + (-) Lisboa. (vou a e volto de Lisboa)
- Um dia, iremos      a     Lisboa.

Nesse último caso, o nome Portugal não aceita artigo, o que impede a ocorrência de crase. Se, no entanto, esse nome vier acrescido de um atributo, o artigo estará presente, criando condições para a crase.

- Um dia, iremos (a) + (a ) Lisboa dos meus sonhos. (vou a e volto da Lisboa dos meus sonhos)
- Um dia, iremos       à       Lisboa dos meus sonhos.

2 – CRASE FACULTATIVA

a) Com pronome possessivo feminino singular ou nome próprio feminino singular.

- Entregue esta encomenda a sua mãe ou a Mariana. (para sua mãe / para Mariana)
- Entregue esta encomenda à sua mãe ou à Mariana. (para a sua mãe / para a Mariana)

b) Com a preposição até.

- Fomos até a praia ao amanhecer.
- Fomos até à praia ao amanhecer.

- Pintou a parede até a porta. (inclusive a porta)
- Pintou a parede até à porta. (até o limite da porta)

Veja que, nesse último caso, a crase se faz necessária para evitar ambiguidade no sentido da frase.

c) Com locuções adverbiais de instrumento femininas.

- Ele foi ferido a faca.
- Ele foi ferido à faca.

ATENÇÃO: Diante das palavras casa, terra e distância, só haverá condições para ocorrência de crase se elas forem especificadas de alguma forma.

- Após a festa, voltamos a casa rapidamente. (para casa)
- Após a festa, voltamos à casa de meus pais rapidamente. (para a casa)

- Depois de horas no mar, voltamos a terra. (para terra)
- Finalmente, voltarei à terra de minha infância. (para a terra de minha infância)
- A espaconave voltou à Terra. (para a Terra = o planeta)

- Olhavam-nos a distância. (qualquer distância)
- Olhavam-nos à distância de dez metros. (distância específica)

PARALELISMO E A CRASE

- Trabalhamos de segunda a sexta. (apenas preposição nos dois casos)[
- Trabalhamos da segunda à sexta. (preposição + artigo nos dois casos)
- Estou aqui entre as 9h e as 16h. (a preposição entre determina o as apenas com artigo nos dois casos.

domingo, 11 de setembro de 2011

TIPOS DE PREDICADO ORACIONAL

Predicado de uma oração é tudo o que não é o sujeito. Isso significa dizer que constiuem o predicado o verbo o objeto (direto ou indireto), o adjunto adverbial e o predicativo (do sujeito ou do objeto). Para identificar o tipo de predicado que há em uma oração vejamos como cada tipo se caracteriza.

1 – PREDICADO VERBAL – o núcleo é o verbo e constitui-se de:
a) verbo intransitivo e poderá conter, ainda, adjunto adverbial.

- Os meninos dormiram.
- Os meninos dormiram cedo.

b) verbo transitivo + objeto (direto ou indireto) e poderá conter, ainda, adjunto adverbial.

- Os meninos cantaram canções de natal.
- Os meninos cantaram canções de natal para seus pais.
- Os meninos cantaram canções de natal para seus pais durante a ceia.

OBS: Apenas dois termos se ligam a verbos: objeto (direto ou indireto) e adjunto adverbial.

2 – PREDICADO NOMINAL –  o núcleo é o predicativo (adjetivo ou substantivo) e constitui-se de:

a) verbo de ligação (quando o predicado é apenas nominal) e predicativo do sujeito.

- Os meninos    pareciam     entusiasmados.
                        v. de ligação   predicativo do sujeito

b) predicativo (do sujeito ou do objeto), quando o predicado é verbo-nominal.

- Os meninos  cantavam canções de natal      entusiasmados.
                            Pred, verbal                     Pred. Nominal (predicativo do sujeito)
- Os meninos         acharam a festa          divertida.
                              Pred. Verbal          Pred. Nominal (predicativo do objeto)

OBS: Predicativo é o termo do predicado que não se relaciona com o verbo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

AMBIGUIDADE TEXTUAL


Muitos são os casos em que ocorre ambiguidade em um texto. Aliás, dependendo do contexto em que aparece, a possibilidade de múltiplo sentido pode ser um problema. Caso aconteça em um texto informativo ou em uma redação, ela vai provocar uma falha de comunicação, uma vez que o leitor não terá certeza sobre o conteúdo do texto.
Os motivos pelos quais a ambiguidade pode estar presente em um texto são varios. Vejamos alguns casos.

1 – MÁ COLOCAÇÃO DE UMA IDEIA ADVERBIAL

- Viajando para Curitiba, quem só quer saber de calor às vezes sofre.

Nesse caso, a posição em que se encontra a locução adverbial “às vezes” não permite saber, com segurança, a que outro termo da frase ela se refere.

a) “quem só quer saber de calor às vezes”
b) “às vezes sofre”

Esse problema poderia ser resolvido fazendo-se uma escolha. Se a possibilidade (a) for a escolhida, então a frase deveria ter a seguinte estrutura:

- Viajando a Curitiba, quem só às vezes quer saber de calor sofre.

Já se a opção for pela possibilidade (b), a estrutura poderia ser a seguinte:

- Viajando a Curitiba, quem só quer saber de calor sofre às vezes.

2 – USO INCORRETO DO PRONOME RELATIVO

- Estou lendo um poema de Mário Quintana, de que gosto muito.

Gosto muito do poema ou do Mário Quintana?

Nesse caso, a saída é reestruturar a frase de modo a tornar a ideia clara.

a) Estou lendo um poema de que gosto muito, de autoria de Mário Quintana.
b) Estou lendo um poema de Mário Quintana, de quem gosto muito.

3 – USO INDEVIDO DE PRONOME POSSESSIVO

- O gerente disse à secretária que seu dia seria muito atarefado.

O dia do gerente ou o da secretária?

Aqui, a solução pode ser obtida de duas formas:
a) O gerente disse que teria um dia atarefado à secretária.
b) O gerente disse à secretátia que o dia dela seria atarefado.

4 – USO INCORRETO DO PRONOME OBLÍQUO

- O rapaz disse à mãe de sua namorada que a amava muito.

Amava a namorada ou a mãe dela?

Reestruturar a frase é indispensável nesse caso.

a) O rapaz disse que amava sua namorada à mãe dela.
b) O rapaz disse a sua futura sogra que a amava.

5 – COLOCAÇÃO IMPRÓPRIA DO ADJETIVO

- A cantora deixou a plateia indignada.

A cantora ou a plateia indignada?

A escolha de um ou outro sentido exige a recolocação do adjetivo em local apropriado.
a) Indignada, a cantora deixou a plateia. (a cantora)
b) A cantora deixou indignada a plateia. (a plateia)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

TRANSITIVIDADE VERBAL

É de assustar que as gramáticas da Língua Portuguesa insistam em tratar as características de trasitividade verbal como sendo uma exigência do verbo, quando se sabe que é fácil perceber que os verbos só adquirem essa característica quando empregados em um dado contexto. Para que isso seja constatado, basta que se coloque o mesmo verbo em contextos diferentes, como segue abaixo.

1 – FALAR
a) Esse rapaz fala pouco. (VI)
Falar, com a ideia de comunicar-se, exprime uma ideia completa, de modo que não requer qualquer tipo de complemento (objeto), o que lhe dá característica de intransitividade. Nesse caso, poderá vir acompanhado de uma ideia adverbial.

b) Esse rapaz falou de assuntos interessantes. (VTI – falou de algo)
Falar, nesse contexto, vem acompanhado de um complemento (objeto) ligado ao verbo, necessariamente, por meio de uma preposição (ligação indireta com o verbo). Assim, adquire caracaterísticas de transitividade indireta.

c) Esse rapaz falou a verdade. (VTD – falou algo)
Aqui o verbo falar vem acompanhado de um complemento, ligado diretamente a ele (sem preposição necessária), o que lhe atribui características de transitividade direta.

d) Esse rapaz falou a verdade ao delegado. (VTDI – falou algo a alguém)
Nesse último exemplo, o verbo falar tem ligado a ele um complemento direto (sem preposição necessária - OD) e outro, indireto (com auxílio de uma preposição - OI), o que lhe dá características de transitividade direta e indireta ao mesmo tempo.

Assim, é recomendado que só se avaliem as características de transitividade de um verbo a partir da observaçao do contexto em que ele se encontra e dos termos que o acompanham na oração. Isso significa dizer que não se deve avaliar se um verbo é intransitivo ou transitivo (direto ou indireto) sem que ele esteja empregado em uma frase.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TROPEÇOS LINGUÍSTICOS


Não são poucas as situações em que nos valemos de expressões ou palavras que ouvimos desde a infância. Ocorre que, em determinados contextos, essa prática pode ser um perigo às nossas aspirações sociais ou profissionais. Vejamos alguns desses casos que ferem a norma culta.


INADEQUADO
ADEQUADO
1) Voltei para casa de a pé.
Normalmente, não se utilizam duas preposições, salvo raros casos.
Voltei para casa a pé.
Se o meio de locomoção for cavalo ou , apenas a preposição a é adequada.
2) Fomos  no cinema ontem.
A preposição em da ideia de meio de locomoção com o verbo ir.
Fomos ao cinema ontem.
Com o verbo ir, se a ideia for de destino, a preposição adequada é a (ir a algum lugar).
3) Prefiro cinema do que teatro.
do que exprime comparação.
Prefiro cinema a teatro.
Prefere-se uma coisa a outra.
4) A gente quer mais atenção.
Expressão coloquial.
Nós queremos mais atenção.
Em língua culta deve-se utilizar o pronome pessoal nós.
5) Fui a uma festa onde me diverti muito.
Onde = localização fixa, física ou geográfica (onde está, fica, mora...)
Fui a uma festa em que me diverti muito.
Eventos não são localizações físicas nem geográficas. Nesse caso, deve-se utilizar em que, na qual...)
6) A princípio, o chefe sou eu.
A princípio = no princípio, no começo (A princípio, imaginei ser uma brincadeira).
Em princípio, o chefe sou eu.
Em princípio = em tese, teoricamente.
7) Isto é compreensível a nivel de comportamento juvenil.
nível refere-se a altura quando utilizado com a preposição a (ao nível do mar).
Isto é compreensível em nível de comportamento juvenil.
Em nível de = em termos de, no que se refere a
8) Tem muitos problemas aqui.
Ter = haver ou existir é coloquial
muitos problemas aqui.
= existem
9) Não sei aonde fica a farmácia.
Aonde = destino (aonde vai / quer chegar...)
Não sei onde fica a farmácia.
Onde = localização fixa, física ou geográfica.
10) Onde você vai tão apressado?
Onde não dá a ideia de destino.
Aonde você vai tão apressado?
Vai a algum lugar

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A LINGUAGEM NO TEXTO DISSERTATIVO


Um texto dissertativo tem características próprias, que devem ser respeitadas para que ele possa cumprir sua função primordial de transmitir ao leitor o ponto de vista do autor sobre determinado assunto. Entre essas marcas está a utilização do nível padrão da linguagem, próprio dos textos científicos, capaz de permitir que as informações do texto sejam rápida e facilmente assimiladas. Isso significa que o autor deve evitar o uso de figuras de linguagem e de palavras ou expressões de outros níveis de linguagem (coloquialismos, gírias, marcas de diálogo), ou que possibilitem sentidos duvidosos ou ambíguos. Então vejamos:

     Entre as várias questões importantes a serem resolvidas no Brasil, pode-se citar a que se refere à qualidade da educação – principalmente nas escolas públicas. Ora, esse problema, aliás, já se arrasta tem muito tempo para continuar apenas alvo de muitas discussões e quase nenhuma ação eficaz. Já está mais do que na hora de a sociedade e as autoridades arregaçarem as mangas e começarem a agir seriamente para que possamos ter uma educação de alto nível, em vez de uma máquina educacional que aprova e forma analfabetos diplomados, no fim do Ensino Médio, como vem acontecendo nas últimas décadas.

Vejam que os termos em destaque não condizem com o padrão linguístico predominante no texto.

a) Ora = marca de oralidade (conversa), que deve ser retirada do texto;
b) se arrasta = expressão coloquial que significa vem ocorrendo;
c) tem = forma coloquial que significa ou faz, exprimindo tempo decorrido;
c) arregaçarem as mangas = expressão coloquial que significa mostrarem-se realmente dispostas.

Assim, a forma apropriada seria a seguinte:

     Entre as várias questões importantes a serem resolvidas no Brasil, pode-se citar a que se refere à qualidade da educação – principalmente nas escolas públicas. Esse problema, aliás, já vem ocorrendo há muito tempo para continuar apenas alvo de muitas discussões e quase nenhuma ação eficaz. Já está mais do que na hora de a sociedade e as autoridades se mostrarem realmente dispostas e começarem a agir seriamente para que possamos ter uma educação de alto nível, em vez de uma máquina educacional que aprova e forma analfabetos diplomados, no fim do Ensino Médio, como vem acontecendo nas últimas décadas.